A Importância do Cálculo Mental
para a Construção do Conceito de Número
É preciso como educadores sabermos que o cálculo
mental, ou as famosas “continhas de cabeça”, ajudam a compreender o sistema de
numeração e as propriedades das operações.
Durante muito tempo, se acreditou que a
economia de etapas e a rapidez na resolução de problemas fossem os objetivos
máximos a serem alcançados na disciplina de Matemática. Nesse sentido, ensinar
algoritmos para fazer contas parecia ser o mais indicado. Se por um lado o uso
de fórmulas permite organizar o raciocínio, registrá-lo, lê-lo e chegar à
resposta exata, por outro, fixa o aprendizado somente nessa estratégia e leva o
estudante a conhecer apenas uma prática cada vez menos usada e, pior, a
realizá-la de modo automático, sem entender exatamente o que está fazendo.
O cálculo mental permite maior flexibilidade de
calcular, bem como maior segurança e consciência na realização e confirmação
dos resultados esperados, tornando-se relevante na capacidade de enfrentar
problemas. Tal desenvolvimento de estratégias pessoais para se calcular vai ao
encontro das tendências recentes da psicologia do desenvolvimento cognitivo,
que nos apontam para a importância de uma aprendizagem com significado e do
desenvolvimento da autonomia do aluno.
Há quem acredite que o importante do cálculo mental é fazer a conta bem depressa, mas é bobagem querer competir com a calculadora. As vantagens são outras. Ao fazer a conta de cabeça, o estudante percebe que há caminhos diversos na resolução de um mesmo problema. É pelo cálculo mental que ele também aprende a realizar estimativas (ler uma conta e imaginar um resultado aproximado) e percebe as propriedades associativas (une dezena com dezena, unidade com unidade e assim por diante) e de decomposição (nota que 10 = 5+5, entre outras possibilidades). Isso tudo sem precisar conhecer esses termos.
Crianças que fazem pesquisa de preços, guardam dinheiro para comprar uma revista, e principalmente, aquelas que ajudam os pais no comércio "fazem" matemática muito antes de ouvir falar em fórmulas e operações. O problema é que, na escola, se ensina a elas como calcular desconsiderando totalmente o que já sabem. O cálculo mental sempre esteve presente no comércio ou na construção civil, por exemplo. Os professores precisam trazer essa habilidade para a sala de aula.
Os alunos já sabem fazer conta de cabeça. O professor só precisa descobrir as estratégias que eles usam e mostrar outras, a turma vai se sair bem melhor nos cálculos escritos.
Há quem acredite que o importante do cálculo mental é fazer a conta bem depressa, mas é bobagem querer competir com a calculadora. As vantagens são outras. Ao fazer a conta de cabeça, o estudante percebe que há caminhos diversos na resolução de um mesmo problema. É pelo cálculo mental que ele também aprende a realizar estimativas (ler uma conta e imaginar um resultado aproximado) e percebe as propriedades associativas (une dezena com dezena, unidade com unidade e assim por diante) e de decomposição (nota que 10 = 5+5, entre outras possibilidades). Isso tudo sem precisar conhecer esses termos.
Crianças que fazem pesquisa de preços, guardam dinheiro para comprar uma revista, e principalmente, aquelas que ajudam os pais no comércio "fazem" matemática muito antes de ouvir falar em fórmulas e operações. O problema é que, na escola, se ensina a elas como calcular desconsiderando totalmente o que já sabem. O cálculo mental sempre esteve presente no comércio ou na construção civil, por exemplo. Os professores precisam trazer essa habilidade para a sala de aula.
Os alunos já sabem fazer conta de cabeça. O professor só precisa descobrir as estratégias que eles usam e mostrar outras, a turma vai se sair bem melhor nos cálculos escritos.
A base são as situações-problema. Em questões como a distribuição de 12 brinquedos de uma caixa entre quatro crianças, por exemplo, primeiro é preciso verificar se os alunos compreenderam os valores em jogo e o que essa operação implicará (o número maior ficará menor). Como eles imaginam que o problema será solucionado? Conversar sobre a atividade é bem diferente de dar pistas sobre o cálculo a ser usado. Se o objetivo é que a turma utilize procedimentos próprios, não informar nem dar dicas é uma condição didática necessária.
Compreendida a proposta, cada um procura as próprias estratégias para chegar ao resultado. Depois, é hora de compartilhar os valores encontrados e discutir as táticas usadas. O professor registra no quadro-negro as operações parciais desenvolvidas pelos estudantes, registrando-as em linguagem matemática, conforme as informações fornecidas por eles mesmos.
Elaine
Pontes
Referências:
<revistaabril.com.br/fundamentos/cabeça-errar-500351.shtml>
<ensinando-matematica.blogspot.com.br>
(Acessados
em 14/11/2013)



