quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Importância do Cálculo Mental para a Construção do Conceito de Número



É preciso como educadores sabermos que o cálculo mental, ou as famosas “continhas de cabeça”, ajudam a compreender o sistema de numeração e as propriedades das operações.

Durante muito tempo, se acreditou que a economia de etapas e a rapidez na resolução de problemas fossem os objetivos máximos a serem alcançados na disciplina de Matemática. Nesse sentido, ensinar algoritmos para fazer contas parecia ser o mais indicado. Se por um lado o uso de fórmulas permite organizar o raciocínio, registrá-lo, lê-lo e chegar à resposta exata, por outro, fixa o aprendizado somente nessa estratégia e leva o estudante a conhecer apenas uma prática cada vez menos usada e, pior, a realizá-la de modo automático, sem entender exatamente o que está fazendo.
O cálculo mental permite maior flexibilidade de calcular, bem como maior segurança e consciência na realização e confirmação dos resultados esperados, tornando-se relevante na capacidade de enfrentar problemas. Tal desenvolvimento de estratégias pessoais para se calcular vai ao encontro das tendências recentes da psicologia do desenvolvimento cognitivo, que nos apontam para a importância de uma aprendizagem com significado e do desenvolvimento da autonomia do aluno.
Há quem acredite que o importante do cálculo mental é fazer a conta bem depressa, mas é bobagem querer competir com a calculadora. As vantagens são outras. Ao fazer a conta de cabeça, o estudante percebe que há caminhos diversos na resolução de um mesmo problema. É pelo cálculo mental que ele também aprende a realizar estimativas (ler uma conta e imaginar um resultado aproximado) e percebe as propriedades associativas (une dezena com dezena, unidade com unidade e assim por diante) e de decomposição (nota que 10 = 5+5, entre outras possibilidades). Isso tudo sem precisar conhecer esses termos.
Crianças que fazem pesquisa de preços, guardam dinheiro para comprar uma revista, e principalmente, aquelas que ajudam os pais no comércio "fazem" matemática muito antes de ouvir falar em fórmulas e operações. O problema é que, na escola, se ensina a elas como calcular desconsiderando totalmente o que já sabem. O cálculo mental sempre esteve presente no comércio ou na construção civil, por exemplo. Os professores precisam trazer essa habilidade para a sala de aula.
Os alunos já sabem fazer conta de cabeça. O professor só precisa descobrir as estratégias que eles usam e mostrar outras, a turma vai se sair bem melhor nos cálculos escritos.

A base são as situações-problema. Em questões como a distribuição de 12 brinquedos de uma caixa entre quatro crianças, por exemplo, primeiro é preciso verificar se os alunos compreenderam os valores em jogo e o que essa operação implicará (o número maior ficará menor). Como eles imaginam que o problema será solucionado? Conversar sobre a atividade é bem diferente de dar pistas sobre o cálculo a ser usado. Se o objetivo é que a turma utilize procedimentos próprios, não informar nem dar dicas é uma condição didática necessária.
 Compreendida a proposta, cada um procura as próprias estratégias para chegar ao resultado. Depois, é hora de compartilhar os valores encontrados e discutir as táticas usadas. O professor registra no quadro-negro as operações parciais desenvolvidas pelos estudantes, registrando-as em linguagem matemática, conforme as informações fornecidas por eles mesmos. 

Elaine Pontes

Referências: <revistaabril.com.br/fundamentos/cabeça-errar-500351.shtml>
<ensinando-matematica.blogspot.com.br>

(Acessados em 14/11/2013)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ESCLARECIMENTO DA PROPOSTA

ESCLARECIMENTO DA PROPOSTA

         A presente proposta visa integrar conhecimentos matemáticos com situações cotidianas. É de extrema importância trazer para sala de aula o conhecimento de mundo que a indivíduo já possui. Além disso, os alunos colocarão em prática diversos conceitos matemáticos.
   O trabalho em grupo permite que eles discutam, troquem informações, analisem em conjunto. A matemática deixa de ser a "vilã" das matérias e passa a ser algo divertido, onde as crianças podem interagir.
      
REBECA e DANIELE

PROPOSTA DE ATIVIDADE MATEMÁTICA ENVOLVENDO SITUAÇÕES COTIDIANAS

PROPOSTA DE ATIVIDADE MATEMÁTICA ENVOLVENDO SITUAÇÕES COTIDIANAS


  • Atividade: Mestre Cuca
  • Público Alvo: crianças do quinto ano do Ensino Fundamental
  • Situações cotidianas eleitas: ato de cozinhar e fazer compras
  • Objetivo:
                          -> Desenvolver o raciocínio lógico-matemático;
                          -> Utilizar as quatro operações em situações cotidianas
                          -> Ser capaz de utilizar corretamente as unidades de medida
                          -> Saber trabalhar com real e centavos.

  • Procedimento:
             1.  A sala deverá ser dividida em grupos.
             2. Cada grupo escolherá uma receita para preparar, contendo os pesos e medidas, procedimento, tempo de preparo, rendimento.
            3. O grupo deverá, com autorização dos pais, comprar os ingredientes em mercado de sua preferência, anotando o valor de cada produto a ser comprado, a quantidade que é vendida e o valor total da compra.
            4. Os alunos deverão preparar a receita em suas casas e levar as comidas para a escola, para assim fazerem um lanche coletivo.
            5. Os alunos deverão entregar ao professor a lista de compras contendo cada item e seu valor, e o valor total da compra e a receita com todos os itens já descritos.
            6. Em sala de aula, os alunos deverão responder ao seguinte questionário:

            -Qual o valor gasto na compra dos ingredientes?
            -Qual o ingrediente mais caro da lista?
            -Qual o ingrediente mais barato da lista?
            -Qual o custo da receita?
            -Qual o custa da porção?


Rebeca e Daniele



LISTA DE SITUAÇÕES EM QUE USAMOS A MATEMÁTICA

LISTA DE SITUAÇÕES EM QUE UTILIZAMOS A MATEMÁTICA


  • Ao cozinhar
  • Ao abastecer o carro
  • Ao pegar um ônibus
  • Ao olhar as horas em um relógio analógico
  • Ao tocar um instrumento musical
  • Ao tomar um remédio
  • Ao dividir um bolo
  • Ao dar o troco do dinheiro a alguém
  • Ao fazer compras no mercado
  • Ao ir à feira
  • Ao se pesar na balança na farmácia
  • Ao costurar
  • Ao jogar um jogo de cartas
  • Ao arrumar uma estante ou armário
  • Ao embrulhar um presente
  • Ao conferir um calendário
  • Ao separar suas músicas favoritas em pastas por artistas
  • Ao fazer artesanato
  • Ao planejar a agenda do final de semana
  • Ao fazer uma pesquisa de preço de um sapato ou roupa
  • Ao estimar o tempo necessário pegar se chegar a um determinado lugar
  • Ao fazer uma lista de compras

Elaine e Joseane

RESUMO DO CAPÍTULO IV DO LIVRO "O HOMEM QUE CALCULAVA"

RESUMO DO CAPÍTULO IV DO LIVRO "O HOMEM QUE CALCULAVA"




Beremiz (o homem que calculava) e Bagdáli (seu grande amigo) estavam a caminho de Bagdá quando encontraram um homem esfarrapado e ferido. Este homem na verdade era Salém Nasair, um riquíssimo mercador de Bagdá que fora assaltado quando voltava de viagem. Este homem, faminto, perguntou se os dois viajantes possuíam algo para comer. Bagdáli respondeu que tinha três pães e Beremiz respondeu que possuía cinco pães.

Assim sendo, Salém Nasair prometeu pagar uma moeda de ouro por cada pão que comesse.

Ao chegarem em Bagdá, o mercador fora pagar a quantia prometida, dando três moedas para Bagdáli e cinco para Beremiz, porém, Beremiz disse que, pela divisão correta, merecia sete moedas e, Bagdáli, uma. Então explicou:

-Eu dividia um pão em três pedaços, para que todos pudessem comer. Logo, tínhamos oito pães, então, vinte e quatro pedaços. Bagdáli possuía três pães, então, nove pedaços. Cada um de nós comeu oito pedaços de pães, então Bagdáli somente lhe deu um pedaço. Eu, porém, possuía cinco pães. Comendo oito pedaços, lhe dei sete. Assim sendo, mereço sete moedas.

O mercador, pasmo, deu-lhe sete moedas e uma a Bagdáli. Mas o homem que calculava tornou a falar.

-Senhor, está divisão é matematicamente correta, porém moralmente incorreta. Este homem é meu amigo, leal e honesto. Assim, esta é a divisão correta aos olhos de Deus.

E dividiu as duas moedas de modo que cada um ficasse com quatro moedas de ouro.


Juliana e Valdinete